domingo, 30 de setembro de 2007

Morte em vida merecida

As contribuições de amigos começam a acontecer. Agora, além de não-leitores, tenho outros não-autores para blogar comigo. O título e imagem são de minha humilde escolha para o texto de meu amigo L.H.M. Esta última, uma pintura de Hieronymus Bosch (1450-1516) - A Morte e o Avarento (c. 1490).

---

Amigos, irmãos, parceiros de mais esta jornada, vida, existência!

Venho por meio desta lhes apresentar uma grande amiga minha, a Morte! Sim, a nefasta, a imperdoável, a maldita que tanto nos faz ou fez sofrer. Eu sei que vocês também a conhecem, mas apresentarei quem ela tem se mostrado ser, realmente, a mim.

Nascemos com a única certeza de que, no fim, é ela que vamos encontrar. Visto isso, nos higienizamos, nos alimentamos, cuidamos da nossa saúde, nos poupamos de situações perigosas e escutamos conselhos dos mais experientes. Pois é, apenas pela sua futura presença, tentamos postergar ao máximo este encontro, nos forçando a fazer coisas às quais, com uma eventual certeza da eternidade, não daríamos a mínima importância.

Porém, a sua função não reside apenas nesse “aviso” da brevidade da nossa passagem. Se perdemos este medo, e solicitamos sua ação durante a vida, veremos que não pode haver melhor companhia. Cotidiano tedioso, metas inalcançáveis, amores platônicos, desejos, desejos e mais desejos. Por aquilo que vemos como desagradável, ou como algo essencial que ainda não temos, tornamos nossas vidas um mar de frustrações, culminando em vícios, hostilidades, tristezas, doenças, enfim, uma verdadeira propagação da nossa insatisfação interna. É aí a hora de recorrer à nossa amiga Morte... Suicídio??? Longe disso!!!

Não morremos apenas fisicamente junto dessa nossa máquina biológica de anos-luz à frente, mas morremos ao matar conceitos, teorias, pensamentos, desejos, vícios, necessidades, todas elas arquitetadas por nosso Ego, agindo em busca daquele bendito sentimento de felicidade/satisfação. Sim, matemos os meios pelo qual nosso Ego escolheu trilhar a busca do que realmente é essencial. Somos os únicos algozes dessa vitimada vida que levamos.

Por isso, digo a vocês que não tenham medo da Morte! Morram! Morram a cada instante! Não há tristeza, tédio, ou qualquer tipo de dependência que suporte isso! Morram! Morram a cada instante, a cada minuto, a cada segundo! Morram! Morram, que a Vida sorrirá cada vez mais perante nossa existência! Morram! Morram, que a sublime sensação eterna se fará cada vez mais presente dentro de vocês!

L.H.M.
Namastê

4 comentários:

Anônimo disse...

oi,
ótica interessante, mas acho q deveria ser mais aprofundado, falar mais sobre este ponto de vista
bj

Anônimo disse...

Uau... adorei!
É exatamente isso que acontece! Não nos matamos fisicamente... adorei mesmo a forma como ele apresentou a morte! hahaha

E se é pra vir, que venha mesmo... que graça teria ser eterno?!

Beeijos

Anônimo disse...

Oi

Meninas, obrigado pela leitura e comentarios!!!
Ju, eu me aprofundarei mais nesse mesmo tema, porem, com novas perspectivas!

Namaste

AllanZi disse...

Basicamente o que eu ia responder para a Ju é: vou sugerir isso ao autor. Hehe... mas já está feito! Tô gostando das colaborações e comentários, dá vontade de manter este blog cada vez mais vivo. Ou morto-vivo, para seguir a linha de pensamento, hehe... Abraços e obrigado a todos!