ou ser da cidade
é bicho-do-mato
na vida levada
Sonhou ter alívio
da pressão da pedra
e a perda da pressa
apressou-se em buscar
Mas tempo não via
pois não lhe faltava
conquanto sobrasse
de não inventá-lo
História ironia
nervoso se fez:
tranqüilo trocou
seus trocos por tralhas
Comida por prato
bebida por copo...
contente enfiou-se
num recipente
Só sai pra pegar
areia pro vidro
fechar-se em garrafa
virar ampulheta
Comprou compradores
criou comprimidos
compare, comprove:
primata oprimiu
E o dessentimento
que agora lhe invade
é fruto do fruto
que tanto lhe furta
Nos dias às noites
trapalha atrabalha
na tela a mazela
da lâmpada o bulbo
O carro o carrega
mas não se encarrega
da tosse da urgência
da chaga a fumaça
O mar não suporta
seus barcos besuntos
seus óleos motores
seus olhos petróleos
As carnes mulheres
os porcos perversos
os prados pastados
os pobres enfermos
Imagem emite
sonoro a si mesmo
de mente o controle
ao outro se omite
Calado consome
prazer onanista
conquista por fim
a imobilidade:
Um cidadão solto
ou ser da cidade
nem bem liberdão
quão não solidade
é bicho-do-mato
na vida levada
Sonhou ter alívio
da pressão da pedra
e a perda da pressa
apressou-se em buscar
Mas tempo não via
pois não lhe faltava
conquanto sobrasse
de não inventá-lo
História ironia
nervoso se fez:
tranqüilo trocou
seus trocos por tralhas
Comida por prato
bebida por copo...
contente enfiou-se
num recipente
Só sai pra pegar
areia pro vidro
fechar-se em garrafa
virar ampulheta
Comprou compradores
criou comprimidos
compare, comprove:
primata oprimiu
E o dessentimento
que agora lhe invade
é fruto do fruto
que tanto lhe furta
Nos dias às noites
trapalha atrabalha
na tela a mazela
da lâmpada o bulbo
O carro o carrega
mas não se encarrega
da tosse da urgência
da chaga a fumaça
O mar não suporta
seus barcos besuntos
seus óleos motores
seus olhos petróleos
As carnes mulheres
os porcos perversos
os prados pastados
os pobres enfermos
Imagem emite
sonoro a si mesmo
de mente o controle
ao outro se omite
Calado consome
prazer onanista
conquista por fim
a imobilidade:
Um cidadão solto
ou ser da cidade
nem bem liberdão
quão não solidade
Um comentário:
poema mto bem construido!
tua autoria neh?
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