Há uma simplicidade complexa regendo tudo e todos.
Uns tentam compreendê-la; outros, subvertê-la; outros, negá-la; outros, divulgá-la; outros, ignorá-la; outros, destruí-la; outros, explicá-la; outros, escondê-la; outros, crê-la; outros, desvendá-la; outros, esquecê-la; outros, homenageá-la; outros, registrá-la; outros, desfrutá-la; outros, desmascará-la; outros, aceitá-la.
Se o um e o outro realizam tais intenções, é irrelevante. O importante é que há. E mesmo quem diz não haver, há de admitir que é preciso presença para haver ausência. Então, há.
O problema é a maneira como uns tentam impor a outros, e outros a uns, sua forma de abordar "isso", cujo nome também é irrelevante. Tudo e todos têm o direito de trilhar seu próprio caminho, em companhia ou na solidão, para aproximar-se ou distanciar-se "disso" que é ou não é.
Entrar em conflitos e propagar a paz, falar e calar-se, construir e destruir, entrar e sair, levar a sério e tirar sarro, considerar sagrado e profano, divino e mundano, aprender e ensinar, iniciar e cessar, fazer e desfazer: é tudo uma questão de abordagem, mas tudo na direção da mesma coisa, "disso", da simplicidade complexa que rege tudo e todos, em última instância.
Perceber isso parece ser o principal trabalho a empreender na vida. E posso estar errado.
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