Musa desse lapso de tempo
ela mudou o verbo de lugar
A esperança faz o que bem entende
e você nunca a se realizar
Não queira ser tolo
no intento
de ser amanhã
Mas esteja alerta pro fim
já que sempre adiou começar
Ou avance, enfim
Ainda que a alegria não nos cegue
pensa ser alegre quem não vê
Segue seu passado acumulado
e esquece que o destino já passou
Presentear é desiludir
Não quero ser raro
no entanto
não raro é comum
Não espero mais nada de mim
já que sei não saber mais que esperar
Eu me aceito assim
Para baixar e ouvir: AllanZi - Não Raro.mp3 (Rapidshare)
quarta-feira, 25 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
Ladrare urbanum est
O cão não é humano
mas é urbano
e late para o entregador de jornais
Não se trata mais de sapiência natural
ou fisiológica
Quando muito obediência à lei de pedra
dessa selva louca de pedra
e cão que latu não logos
mas nunca perde um ladrar
O entregador, por sua vez
cumpre função passiva
de ser entregue ao destino
de ser latido por ele
de ser ouvido pro uivo
de ser uivado pro mundo
aos primeiros raios de sol
mas é urbano
e late para o entregador de jornais
Não se trata mais de sapiência natural
ou fisiológica
Quando muito obediência à lei de pedra
dessa selva louca de pedra
e cão que latu não logos
mas nunca perde um ladrar
O entregador, por sua vez
cumpre função passiva
de ser entregue ao destino
de ser latido por ele
de ser ouvido pro uivo
de ser uivado pro mundo
aos primeiros raios de sol
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Manuseio
Empilho dia em dia
até obter bom estoque
para pagar as moedas
que me custam o dia-a-dia
e a vida de quem morre
mas discutem se ela vale esse tanto
esse tanto?
Mato todos, mato todos
ele diz
Uma arma na mão e a outra no bolso
outra mão
mais um crime
e acredita não saber disso o porquê
Por que mãos sempre separadas
uma aqui
outra ali
não unidas numa prece derradeira?
Se lamentam, sei lá, amém
Tão se lá mentem, não sei
Lentamente vão-se além
violentam-se de amor
mas se alentam: "c'est la vie"
até obter bom estoque
para pagar as moedas
que me custam o dia-a-dia
e a vida de quem morre
mas discutem se ela vale esse tanto
esse tanto?
Mato todos, mato todos
ele diz
Uma arma na mão e a outra no bolso
outra mão
mais um crime
e acredita não saber disso o porquê
Por que mãos sempre separadas
uma aqui
outra ali
não unidas numa prece derradeira?
Se lamentam, sei lá, amém
Tão se lá mentem, não sei
Lentamente vão-se além
violentam-se de amor
mas se alentam: "c'est la vie"
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